domingo, 18 de novembro de 2012

KAPA 3 x ADT 4 - CD INICIADOS


Nesta 6ª jornada tinhamos pela frente a equipa do Kapa, equipa candidata a vencer a prova e que no seu reduto é um adversario muito complicado.

Cientes das dificuldades, mas também do nosso valor entramos em campo para discutir o jogo e tentar vence lo.
Entrámos muito bem no jogo e logo aos 10s manda mos uma bola á trave. Continuamos a dominar e a jogar bem, fieis aos nossos principios, sendo que as oportunidades de golo foram acontecendo em catadupa, só que nao foram sendo concretizadas. E como quem não marca sofre... na 1ª vez que veio á nossa baliza a equipa do Kapa faz golo num grande penalidade que teve tanto de justa como de escusada, pois era um lance inofensivo, mas a ansia de sair a jogar fez com que nao tivessemos a cabeça fria para deixar a bola sair pela linha de fundo....

Este golo nao nos abalou, bem pelo contrario, continuamos a jogar o nosso futsal e a dominar completamente o adversario. Chegamos ao empate tambem de penalty, diga se de passagem, bem assinalado e logo de seguida chegamos ao 2-1 num lance de insistencia.

Este era o nosso melhor periodo e que culminou com a obtenção do 3 golo ja em cima dos instantes finais da 1ª parte.
Só que numa desatenção, permitimos ao adversario ganhar bola em zona proibida e este acabou por fazer o 3-2 ainda antes do intervalo...
Resultado penalizador para aquilo que tinhamos produzido, pois tivemos varias oportunidades de golo que não concretizamos e o Kapa nas 2 unicas vezes que chegou com perigo á nossa baliza conseguiu faturar..

Na 2ª parte foi mais do mesmo, estivemos sempre por cima na partida, criamos muitas ocasioes para dilatar o marcador, mas ou por demerito nosso, ou merito do guarda redes adversario a bola nao entrava.

O cornometro ia avançando e a 5 minutos do final a equipa do Kapa faz a igualdade a 3 golos. Mais um balde de água fria pois este resultado era demasiado penalizador, visto que a equipa da casa pouco ou nada tinha feito para merecer o empate.

Não nos deixamos ir abaixo, fomos á luta e logo no lance seguinte Diogo falha um golo incrivel, sem guarda redes na baliza e a 1 metro da linha de golo, manda a bola ao poste!

Continuamos em cima do adversario e o golo da vitoria acabou por surgir a 2 minutos do fim atraves de Gonçalo num lance de 5x4 e apos varios ressaltos fruto de defesas do guarda redes adversario...

Até final controlamos o jogo, mas pouco se jogou visto que os jogadores da equipa da casa completamente de cabeça perdida, começaram as agressoes e picardias, tendo resultado desta situação 2 expulsoes para atletas do Kapa e 1 para o nosso atleta.... Cenas lamentaveis, mas que neste Pavilhao de Alquerubim já começam a ser habito..

Em suma, vitória justissima daquela que foi a melhor equipa na quadra em todos os aspetos, sendo que o resultado acaba por ser lisonjeiro para a equipa da casa tal foi o dominio e desperdicio de lances de golo da nossa equipa.

No proximo fim de semana o campeonato pára e voltamos a jogar no dia 2 de Dezembro, domingo pelas 17h contra a equipa do Esgueira.
Esperamos que nos venham apoiar, pois esse apoio é fundamental!!

ADT: BRUNO, HUGO, KIKO, GONÇALO(2), DANI
RICARDO, DIOGO SILVA(1), ALEXANDRE(1), LEO, XINGUILA, RUBEN E "MESSI"

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

OS ERROS DO COSTUME.....DITAM NOVO FRACASSO


Foi uma equipa com muita atitude e enorme personalidade aquela que entrou esta manhã no Nimibutr Stadium. Com a novidade da manutenção de André Sousa na baliza, apesar de João Benedito já ter cumprido o jogo de castigo, o jogo não poderia ter começado melhor para Portugal com um golo de Ricardinho logo aos 1’02’’.

O “mágico”, que neste Mundial tem mostrou um sentido colectivo muito forte, abriu verdadeiramente o “livro” frente aos transalpinos, e aos 10’53’’ assinou o 2-0, com um pontapé acrobático pleno de oportunidade a aproveitar um ressalto resultante de um forte remate de Arnaldo.
E se parecia impossível sonhar com mais, bastaram oito segundos para numa arrancada de Cardinal pela esquerda, este assistir Ricardinho que não enjeitaria a oportunidade de fazer o «hat-trick».
Portugal estava por cima do jogo mas logo passaria por uma situação de dificuldade, com a expulsão escusada de Cardinal, que depois de ter sido advertido com um primeiro amarelo num lance algo forçado, cometeu a infantilidade de impedir de forma grosseira a progressão de um italiano ainda no seu meio-campo ofensivo e viu Renata Leite dar-lhe o segundo cartão.

Jorge Braz apostou na entrada de Djo para defender o 3x4 e os jogadores lusos corresponderam de forma brilhante com André Sousa a mostrar as razões da confiança do seleccionador e a dar uma prova cabal da qualidade dos guarda-redes portugueses. Até ao final da primeira parte o resultado não se alteraria, com destaque negativo para o cartão amarelo a Ricardinho, bem mostrado por Renata Leite depois de o jogador do Nagoya Oceans ter impedido um atacante italiano de avançar no terreno, no seguimento de uma tentativa de 1x1 falhada pelo nosso 10.

Segundo tempo a começar mal para Portugal, com Gonçalo a travar em falta a rotação do pivot italiano já dentro dos 6 metros portugueses, originando um pontapé da marca de grande penalidade contra a formação lusa. Chamado a converter, Saad Assis não falhou e bateu Bébé que entrou apenas para tentar defender o castigo máximo.

Ainda assim, Portugal procurou, ao contrário de outros jogos, agir em vez de se limitar a reagir e pressionou bem alto os italianos, o que originou perdas de bola em zonas perigosas por parte dos transalpinos e alguns lances em que os comandados de Jorge Braz estiveram muito perto do quarto golo. Aos 2’58’’ Ricardinho tentou o chapéu a Mammarella, mas um defensor italiano conseguiu salvar em cima da linha. Um minuto depois, num lance de 2x1, Arnaldo, em posição privilegiada, rematou contra o guardião «azzurro».

Aos 5’ a Selecção Nacional beneficiou de nova grande oportunidade, com um duplo atraso dos italianos a valer um pontapé-livre indirecto em cima da linha dos 6 metros. Ricardinho procurou alvejar as redes de Mammarella mas Ercolessi conseguiu impedir o golo com um corte de cabeça.
Em termos defensivos, Portugal mostrava-se irrepreensível, a limitar muito a construção organizada dos italianos, que só conseguiam aproximar-se da baliza de André Sousa com remates exteriores ou em situações de estratégia.

O passar dos minutos levou a algum crescendo italiano, que foi tendo sempre a oposição do guarda-redes do Operário, com uma prestação de completo sonho no jogo desta quarta-feira.
A 7’01’’ do final enorme oportunidade para Portugal com roubo de bola de Paulinho, que partiu em velocidade apenas com o guarda-redes pela frente, mas aproximou-se demasiado de Mammarella que fechou bem a baliza na hora do remate do jogador do Sporting.

A 5’31’’ erro do árbitro checo Karel Henych, que perdoou um cartão vermelho a Alex Merlim, que num lance dividido atingiu Gonçalo Alves com uma cotovelada na face.
A 5’12’’ lance absolutamente caricato no banco italiano, com a expulsão do Seleccionador Roberto Menichelli no início de um tempo morto, alegadamente por palavras. O técnico ignorou por completo a ordem de expulsão, fazendo-se de desentendido e continuando a dar instruções tácticas quanto à entrada do guarda-redes volante sem que nenhum responsável da FIFA tomasse qualquer atitude. No final do tempo morto, Menichelli dirigiu-se então para a bancada.

Já com como 5º elemento, Fortino falhou uma grande oportunidade isolado na ala direita, rematando ao lado. Portugal, à semelhança do que já aconteceu frente ao Japão, voltou a consentir o 5x4 do adversário, recuando para a zona dos 10 metros.
A 2’28’’ surgiria 3-2 para a Itália, através de Gabriel Lima, facto que levou Jorge Braz a pedir de imediato o seu tempo morto.

Os corações batiam cada vez mais forte e os lances de perigo iam-se sucedendo junto da baliza de Portugal, com André Sousa mais uma vez a ser enorme e estando perto de marcar a apenas 59’’.
O balde de água fria chegaria a 46’’ do final, com Rodolfo Fortino a empatar a partida, novamente numa desconcentração defensiva dos portugueses a defender 4x5, que levaria o jogo para prolongamento.

A primeira parte do tempo extra começou com sinal mais dos italianos, que aos 42’, através de Honorio, completaram a reviravolta. Em défice animíco, Portugal tentava reagir, mas nem com a introdução de Gonçalo Alves como guarda-redes volante a equipa voltava a ter a acutilância do primeiro tempo e deixava-se enervar pela relutância da equipa de arbitragem em assinalar a 5ª falta aos italianos.

A derradeira etapa do jogo iniciaria praticamente com a expulsão de Jorge Braz , também por palavras e por uma entrada de Portugal mais pressionante, com as linhas defensivas bem subidas.
A 3’03’’ do final defesa incompleta de Mammarella a um remate exterior de Ricardinho que Nandinho, à boca da baliza não conseguiu emendar com sucesso, fazendo a bola passar a centímetros do poste esquerdo dos transalpinos.

A aproximação do término do jogo mostrava um Portugal mais acutilante, que a experiência dos italianos tratou de desacelerar com uma simulação de lesão por parte de Vampeta.
Portugal não teve o discernimento necessário para conseguir chegar ao golo nos dois minutos que faltavam até final, sendo mais uma vez derrotado pela Itália e prosseguindo o seu fado de não vencer a formação transalpina.

O resultado final foi, mais uma vez, a soma de erros costumeiros depois de nova primeira parte brilhante da equipa portuguesa. À semelhança do que aconteceu com o Japão, a equipa lusa mostrou grande desconforto – posicional e emocional - com a introdução do guarda-redes volante por parte do adversário. Poder-se-ia esperar que a equipa lusa, consciente das suas dificuldades nessa situação, procurasse subir as linhas e impedisse a construção organizada dos italianos nesse sentido, mas Jorge Braz optou por esperar pelo erro dos transalpinos, cuja maturidade foi decisiva no desenlace do encontro.

Os objectivos para este Mundial, definidos à partida para a Tailândia, foram cumpridos mas fica novamente a sensação de que se esteve a um pequeno passo de ir mais longe. O passo que poderá chegar com o cumprimento com sucesso do Plano Estratégico do Futsal e a criação de uma geração com desafios mais competitivos e mais regulares, mais habituada a lidar com a pressão e o desgaste emocional deste tipo de jogos. Isto se se resistir à tentação de culpar forças externas por esta eliminação e se compreenda que aquilo que fazemos é reflexo do que somos e que depende de todos nós, quando unidos e focados num objectivo claro, fazer com que voos mais altos sejam uma inevitabilidade.

fonte: 5x4

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Instituto África Futsal: Pilares e Metas do projeto em Cabo Verde


Ponto 1

A primeira parte do projeto (Em Cabo Verde) será na questão assistencialista (alimentação, vestimentas e material escolar), sempre regado a muito carinho e atenção.

 
Ponto 2

A segunda parte será a introdução de aulas de futsal na escola. Capacitaremos um cabo-verdiano (professor), com cursos e reciclagem, tudo com chancela do IAF em parceria com a EEFE USP - Universidade de São Paulo (cursos de extensão)

 
Ponto 3

A terceira parte é mais audaciosa, iremos reformar a escola e construir uma quadra de futsal (cimento e aberta) para a comunidade local.

PROXIMA JORNADA


DEDO NA FERIDA..........


Quando, após o último Portugal x Paraguai, o seleccionador nacional Jorge Braz disse que “temos de começar a falar mais de nós e menos nos outros”, muitos não terão percebido o verdadeiro alcance desta mensagem. Nem terão percebido que disso depende, em grande percentagem, o sucesso ou insucesso do futsal português nos próximos anos.

Enquanto falamos dos outros, não reparamos que os outros não páram. Que os outros não querem saber do que dizemos. Que os outros agem. Enquanto continuamos a ser verdadeiros «experts» em dissertações sobre a galinha do vizinho, não reparamos que os outros não querem saber. Agem.
Continuamos a perder tempo a contar os naturalizados das selecções adversárias. Chamamos Brasil B a Itália e Brasil C à Rússia. Ou vice-versa. Mas não somos capazes de ver que tanto uma como outra Federação têm vindo a desenvolver, ao longo dos últimos anos, projectos importantes no futsal jovem. Não somos capazes de olhar para 2008 e ver que os dois países foram, precisamente, os finalistas do torneio sub-21 realizado na Rússia e que serve de antecâmara para um futuro Campeonato da Europa da última etapa de formação. Onde estava a nossa selecção de sub-21 em 2008? Ninguém sabe. Mas sabemos todos contar os naturalizados dos demais.

Em Itália, a saída de Nuccorini e a entrada de Roberto Menichelli e, na altura, também de Paolo Minicucci no pós-Mundial de 2008, deu origem a uma renovação profunda no futsal transalpino que está, mais do que nunca, virado para a formação. Poucos serão os que conhecem o épico projecto de formação «Scuola Calcio a 5» (em português, “Escola de Futsal”), coordenado por Riccardo Manno. Mas todos sabem contar os naturalizados.

Da leitura atenta da recente entrevista de Miguel Rodrigo, seleccionador do Japão, ao 5x4, pode perceber-se muito do sucesso espanhol dos últimos anos. Afirma Rodrigo: “partilhamos muito o nosso trabalho, mesmo quando somos rivais na Liga Espanhola, trocamos os nossos treinos, scouting, vídeos de jogos, planificações, etc. Serve-nos de estímulo a vontade de nos superarmos e sermos melhores, de uma forma amigável e isto não acontece em mais nenhum lugar do Mundo”. Vemos os espanhóis a falar dos demais? Não. Vemo-los preocupados em agir.

Estaremos em condições, em Portugal, de pôr de lado os desejos de um protagonismo rápido e individual e nos centrarmos de vez no essencial? Seremos capazes de deixar de criticar os outros, de perder tempo com observações bacocas e admitirmos que temos um longo caminho para percorrer? Seremos capazes de abandonar esse desporto nacional que é a maledicência e manter o foco em objectivos úteis e profícuos? Seremos, em suma, capazes de nos unir em torno do cumprimento fiel das directrizes do recém-lançado Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Futsal?

Não tenho quaisquer dúvidas de que temos potencial para vir a ganhar um título mundial ou europeu. Mas não o podemos exigir, por agora, aos jogadores e equipa técnica/directiva que tanto estão a dignificar o País na Tailândia. Não o podemos exigir porque, em comparação com outras equipas presentes na prova, não tivemos até à data uma estratégia nacional nesse sentido. Não trabalhamos juntos em prol desse desígnio. O que não nos impede, naturalmente, de sonhar com esse feito. Da mesma forma que os bravos comandados por Orlando Duarte conseguiram o bronze na Guatemala.
Temos pela frente anos que se adivinham duros mas que podem mudar de vez – e para melhor -, a face da modalidade que tanto amamos. Temos pela frente a hipótese de escrevermos a nossa própria história, de construirmos o nosso caminho respeitando e fazendo respeitar a nossa identidade. De ousarmos, por uma vez, ser humildes e de nos deixarmos guiar por quem – admitamos – sabe mais do que nós. Por quem, como Pedro Dias ou Jorge Braz, está por dentro dos dossiers como a maior parte de nós não consegue estar. Temos pela frente a hipótese de semear um futuro melhor para todos, se não quisermos que só o nosso futuro seja bom. Se percebermos que os outros podem conseguir ver o que não vemos. Que os outros podem ter soluções para os nossos problemas e que nós podemos ter soluções para os problemas dos outros. Temos pela frente a hipótese de ser melhores. Não porque os outros sejam maus, mas pelo crescimento de todos.

Isto, claro, se conseguirmos resistir à enorme tentação que é - e sempre será - a galinha do vizinho.


Francisco Fardilha

fonte: 5x4